ARTIGO: Rotas para a sustentabilidade do mercado diesel
*Por Everton Lopes da Silva
A redução de emissões, locais e de efeito estufa, é atualmente o principal motivador de novas políticas públicas voltadas para a indústria automotiva. Ao mesmo tempo, o custo de operação para veículos comerciais e aplicações fora de estrada representa um dos principais fatores de decisão para o consumidor final na hora de efetivar uma aquisição, uma vez que o custo de operação influenciará diretamente a rentabilidade dos negócios.
Este balanço entre o atendimento das políticas públicas e a otimização do custo de operação pode ser alcançado com a aplicação de novas tecnologias, desenvolvidas continuamente pela indústria automotiva e sua cadeia de fornecimento. Para o atendimento das crescentes demandas do mercado nacional, já existem soluções locais que possibilitam a aplicação de tecnologias sustentáveis, economicamente viáveis e adequadas às legislações vigentes e demandas específicas dos clientes.
Atualmente o Brasil vivencia uma fase ímpar com diversas discussões sobre políticas públicas em curso, como as novas fases do Proconve para emissões veiculares, o Rota 2030 para eficiência energética e desenvolvimento industrial e o RenovaBio para produção e aplicação de biocombustíveis. Certamente, tais políticas encaminharão o Brasil para um patamar global de desenvolvimento, valorizando o parque industrial e intelectual automotivo brasileiro.
As tecnologias de redução das emissões locais, tais como os sistemas de pós-tratamento dos gases de escapamento, otimização da combustão através dos avanços tecnológicos dos sistemas de injeção de combustível e aplicação de combustíveis renováveis estão se tornando cada vez mais comuns nos motores modernos e deverão fazer parte das possíveis soluções para o atendimento das próximas etapas do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores).
Já no campo da eficiência energética as aplicações de novos materiais para a redução de atrito e o aumento da resistência estrutural de componentes, óleos lubrificantes de baixa viscosidade, sistemas de transmissão otimizados, soluções de gerenciamento térmico e novos sistemas híbridos deverão apoiar o aumento da eficiência energética do veículo e, por consequência, a redução dos gases de efeito estufa.
*Everton Lopes da Silva é gestor de Pesquisa do Centro Tecnológico da MAHLE Brasil e membro da comissão organizadora do 15º Fórum SAE BRASIL de Tecnologias Diesel e Alternativas para Veículos Comerciais e Fora de Estrada.
Fonte: Companhia de Imprensa