mportância de lubrificantes, aditivos e fluidos no Rota 2030
A indústria de lubrificantes, aditivos e fluidos já teve papel preponderante no Inovar-Auto, programa setorial que ajudou o setor automobilístico a melhorar a eficiência energética veicular em 15%, cujo cumprimento de metas se estende até 2020. E agora com o Rota 2030, novamente terá papel de destaque, na medida em que as montadoras desenvolvem motores cada vez mais eficientes e os óleos lubrificantes precisam acompanhar essa evolução”, afirmou Edson Orikassa, presidente da AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, em seu discurso de abertura da 11ª edição do Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos realizado ontem, 3/10, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo.
Com o tema “Rota 2030 e a indústria do lubrificante”, ainda na sessão de abertura, o simpósio contou com o discurso de Simone Hashizume, diretora de Lubrificantes da AEA e uma das coordenadoras do evento, que acompanhou a linha de raciocínio de Orikassa, ao enfatizar que o setor de lubrificantes, aditivos e fluidos está preparada para atender aos desafios da indústria automobilística brasileira, mesmo diante do cenário de diversidade de matrizes energéticas que o País possui; enquanto o diretor do Departamento de Combustíveis Derivados de Petróleo, do Ministério das Minas e Energia, Claudio Ishihara, ressaltou a importância dos óleos lubrificantes dentro do PCVE – Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veiculares e Emissões, além de defender incentivo estratégico à produção nacional de óleos básicos que são utilizados em lubrificantes de baixa e ultra baixa viscosidade, hoje todos importados.
Das 11 palestras que se seguiram após a solenidade de abertura, a primeira, de Carlos Sakuramoto, diretor de Manufatura da AEA, foi a mais inusitada. Ao abordar sobre a Indústria 4.0, convocou a plateia para uma reflexão, resumida numa frase: “os desafios e os dilemas de um futuro (in)certo!”. Sakuramoto fez longa explanação sobre a Indústria 4.0 no programa Rota 2030, abordou a inteligência artificial como uma nova corrida ao ouro, discorreu sobre a mudança do comportamento e do perfil dos consumidores. Logo no início de sua apresentação, o palestrante deixou bem claro: “não vim aqui para explicar nada. Vim para confundir, vim para jogar temas para reflexão”. E, ao final da palestra, Sakuramoto disse que “nesse business case”, referindo-se a um sem-número de interrogações da Indústria 4.0, “a conta não fecha”, embora os países mais industrializados já tenham essa filosofia como uma política de governo.
“A evolução da qualidade dos lubrificantes automotivos no mercado”, de Felipe Feitosa de Oliveira, ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, deu início ao tom técnico das outras 10 palestras do dia, seguido por “ Óleos Básicos GIII +”, de Onur Gunay, executivo de Marketing e Vendas da Petronas, “Óleo como elemento de design”, de Everton Silva, gestor de Pesquisas da Mahle, “Uso de tribologia para avaliação da eficiência energética de óleos lubrificantes durante o uso”, de Daiane Spadari, da Iconic Lubrificantes, e “Motor a Diesel”, de Fabio Araújo, da Lubrizol.
Duas palestras – “Fluidos de freio: características, conscientização e desafios da qualidade”, de Juliana Hoshino, da Oxiteno, e “Fluido de arrefecimento”, com palestra de Alex Beringuy e Souza, representando a Comissão de Lubrificantes e Fluidos da AEA – demonstraram que o público em geral desconhece a importância desses componentes como itens essenciais na segurança ativa veicular e na “saúde” do motor, respectivamente. Em ambos os casos, os palestrantes alertaram sobre a necessidade de conscientização e divulgação maior na sociedade.
Fonte: TEXTO FINAL