DICAS: Saiba como alcançar as metas de 2019
Saiba como alcançar as metas de 2019
Luciano Salamacha*
O romper do novo ano é uma ótima oportunidade para avaliar objetivos e desafios que queremos . Mas como chegar lá? PLENEJE !
Salamacha explica que neurocietificamente planejar é criar foco. Planejar é a formalização de um objetivo. E para isso é preciso um esquema detalhado do que se deseja. Para pessoas que se auto cobram ele é um contrato de sucesso. Formalizar um plano é criar um pacto pessoal. Se não planejar, aquilo que imaginou pode se tornar mutante em função com a conveniência. Planejar é ter certeza que se quer aquele objetivo. Segundo o professor, é chegar na resposta a partir do resultado final e ver se todo o esforço valerá a pena para obtenção do meio. E explica “A resposta sempre parte do resultado final. Um erro, é definir o caminho a seguir sem saber onde vai chegar. Isso é dar mais importância ao meio que o fim. “
Salamacha explica que para se fazer o planejamento a pessoa deve fazer a pergunta essencial: Serei feliz em obter isso ? Preciso disso para ser feliz ? A partir dessas duas respostas a meta pode ser traçada. O plano pessoal, explica o professor “ é entrar em contato consigo mesmo para saber, de forma honesta, o que é importante para a sua vida “.
O planejamento, segundo o especialista envolve uma entrada, um input ( o desejo ), e uma saída, output, ( o resultado ) que deve ser no fim de tudo isso: a felicidade, seja em qual esfera for a resposta não é social, é individual. Somente a pessoa sabe que a fonte da felicidade é só dela. È uma questão de não racionalizar o objeto. E cada pessoa tem um gosto, um envolvimento e a formalização é incrivelmente individualizada.
O professor, especialista em planejamento e estratégias de grandes empresas nacionais e estrangeiras, desenvolveu uma fórmula chamada de Matriz de Foco, para orientar em como fazer um plano pessoal e profissional. O planejamento pode envolver estudos, saúde, viagem, relacionamentos , trabalho e um mergulho de autoconhecimento.
Como fazer a Matriz de Foco
Faça um quadrado num papel, num programa de computador, num cartão, no celular, algo que você possa constantemente pesquisar. Na primeira linha coloque os objetivos individuais e na segunda, os coletivos. A medida que preenche o quadrante com a meta do próximo ano, ela deve responder as perguntas no 1 e 2. Quem será afetado por isso? Quem será o beneficiário ou não disso ? Nas duas perguntas a resposta deve ser: EU.
Na linha 1 – quadrado 1 – Individual/ Pessoal .
Somente a pessoa é impactada e o esforço depende única e exclusivamente dela. Adquirir um bem como a compra de um carro, uma casa, uma joia, uma máquina, uma roupa etc. Ou o aprendizado de um instrumento musical, uma língua estrangeira, um curso de meditação ou fazer terapia.
Linha 1 – quadrado 2 – Individual/ Profissional.
Idem ao quadrado 1, mas com foco no trabalho. A meta pode ser a conclusão de um mestrado uma faculdade, ou um hábito que possa melhorar a vida profissional, como o compromisso de não atrasar no trabalho ou a entrega de resultados, por exemplo . O pilar nesses dois quadrados do planejamento é só para a pessoa e não depende de mais ninguém. Por fim, complete o planejamento com os quadrantes 3 e 4 . Na segunda linha a pergunta é quem será o beneficiário de tudo isso? A resposta será eu e o outro.
Linha 2 – quadrado 3 – Coletivo/Pessoal
Neste quadrante o esforço quanto o resultado depende e impacta outras pessoas do círculo de relacionamento pessoal como amigos, família, vizinhos, etc.Por exemplo, uma viagem em família, ou encontros mensais com amigos de infância, envolvimento em projetos sociais, como trabalho voluntário, um hábito ecológico, por exemplo como não consumir tanto plástico, etc. São objetivos que vão influenciar a coletividade.
Linha 2 – quadrado 4 – Coletivo/Profissional
Idem ao quadrante 3, porém o impacto é nos colegas de trabalho, clientes, fornecedores, etc. Exemplos como melhorar a relação com a equipe de trabalho, mobilizar minha equipe para projetos de qualidade de vida na empresa. Mudar a postura para ter mais reconhecimento da equipe junto a chefia. Ajudar um colega que tem dificuldade em algum setor, criar um esquema novo para um problema recorrente que incomoda muita gente no ambiente corporativo.
Salamacha explica que durante o planejamento pode surgir um dilema. Os fins justificam os meios? Vale tudo para chegar ao meu objetivo? Se a pessoa está tão preocupada com os meios, é porque ela está levando em consideração o julgamento de terceiros sobre essa ação. Mesmo sendo o objetivo a compra de um produto, como um carro, certamente as decisões serão primeira de ordem emocional e, na sequência, material. Tudo o que se consome tem a influência do que fomos e o que somos.
O especialista em planejamento explica que uma das coisas que mais prejudicam o cumprimento do plano é a falta de decisão. Por exemplo: Eu quero comprar um carro novo. O julgamento dos outros sobre a decisão influencia, as vezes negativamente, mas a pergunta que se deve fazer é: prejudico, ou levo prejuízo a alguém com o meu objeto de desejo? Aí a pessoa pode entrar em um looping. “Pode parecer arrogante ou fútil dar importância a compra de um bem para ser feliz Mas se isso é importante para a pessoa e não lesa ninguém , que mal há? “, pondera o professor. A importância das coisas é uma questão que se mede por uma régua muito pessoal. Não é uma questão de racionalizar um sentimento ou um gosto. Pode ser o sonho de vida que envolve sentimentos muitas vezes que vêm da infância, de frustrações ou desejos mantidos por anos, etc. Salamacha diz também que o planejamento pode mudar, mas há de se estudar o impacto disso no que foi realizado até o momento e no que virá a partir da mudança de rumo.
* Professor de MBA da FGV
Fonte: Marchena Comunicação