FCA amplia para R$ 8,5 Bi investimentos em Minas Gerais e transforma Complexo de Betim no Maior Polo de Powertrain da América Latina
FCA amplia para R$ 8,5 Bi investimentos em Minas Gerais e transforma Complexo de Betim no Maior Polo de Powertrain da América Latina
O Polo Automotivo Fiat, em Betim, vai receber a mais nova fábrica de motores GSE Turbo da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) no mundo. A decisão de localizar em Minas Gerais a nova unidade de produção foi anunciada hoje pelo CEO mundial da FCA, Mike Manley, e pelo presidente/COO do grupo para a América Latina, Antonio Filosa, durante solenidade que contou com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e convidados.
A FCA e seus fornecedores vão investir R$ 500 milhões para instalar a nova unidade de motores e para dotar os novos propulsores de capacidade flex, operando simultaneamente com etanol e gasolina. Esse aporte amplia para R$ 8,5 bilhões os investimentos programados pela FCA e fornecedores para o Polo de Betim até 2024 – o que representa o maior investimento da FCA em Betim desde a inauguração da fábrica, em 1976. Entre 2018 e 2024, a FCA e fornecedores planejam um investimento de R$ 16 bilhões no Brasil – o maior do grupo e seus fornecedores no país em todos os tempos.
A nova fábrica de motores vai gerar 1,2 mil empregos adicionais, entre FCA e fornecedores, e transformará Betim no maior polo produtor de motores e transmissões da América Latina, com capacidade de produção de 1,3 milhão de unidades por ano a partir de 2020 (data de início da produção dos turbos). A nova unidade partirá com capacidade de produzir 100 mil propulsores turbolimentados por ano, mas já nasce predisposta à expansão da produção.
“A FCA sempre acreditou no Brasil e enxerga com grande otimismo o empenho do governo em aprovar as reformas estruturais tão necessárias para a retomada do crescimento econômico e para a melhoria da competitividade”, afirma Manley. “Fiz questão de visitar o Brasil neste momento para reforçar nossa confiança na agenda das reformas e confirmar os investimentos adicionais em Betim, que é uma planta em que temos investido muito nos últimos anos por sua importância estratégica para as operações da FCA na região.”
“Os sólidos resultados apresentados pela América Latina nos últimos trimestres, o potencial de crescimento do nosso mercado e, em especial, a versatilidade e alta qualificação da mão-de-obra brasileira foram fatores fundamentais para trazer esse investimento ao Brasil, que disputava com outros países a possibilidade de receber a nova fábrica de motores turbo”, comenta Filosa.
A nova família de motores turbo a serem produzidos em Betim – os já consagrados mundialmente GSE T3 e T4 e o novíssimo E4, de patente desenvolvida no Brasil, com inovadora tecnologia turbo voltada apenas à combustão de etanol – terá papel fundamental na expansão e diversificação da gama de veículos da FCA na região.
A companhia programa 25 lançamentos até 2024, entre novos modelos, atualizações de veículos em linha e séries especiais. Em Betim, está planejada a produção três novos modelos a partir de 2020. Dois deles marcam a entrada da Fiat no segmento de SUVs, que é o que mais cresce no mercado brasileiro. “Serão veículos que vão chamar a atenção pelo design, desempenho, tecnologia embarcada e nível de conectividade”, destaca Filosa.
MOTORES TURBOALIMENTADOS DE TRÊS E QUATRO CILINDROS
A nova planta produzirá os motores GSE Turbo de três e quatro cilindros, batizados de T3 e T4, que se destinam a equipar o topo da gama de veículos atual e futura da FCA.
Estes propulsores vêm completar a família Firefly, que foi lançada mundialmente em 2016 a partir de Betim. Os motores T3 e T4 têm as mesmas cilindradas dos motores Firefly N3 e N4, mas ganham ainda mais versatilidade e potência graças à sobrealimentação. Foram introduzidas novas tecnologias para garantir desempenho e consumo de combustível alinhados com as expectativas de mercado, já atendendo às mais exigentes normas de emissões que serão adotadas a partir da próxima década.
Os novos motores combinam mais desempenho com menor consumo. Suas principais características são:
– Bloco de alumínio com alta rigidez estrutural;
– Câmara de combustão com 4 válvulas por cilindro, alinhado com a exigência do sistema turboalimentado;
– Injeção direta de combustível;
– Sistema MultiAir de última geração, com controle eletrônico das válvulas de admissão;
– Coletor de descarga integrado ao cabeçote;
– Sistema de arrefecimento misto água/ar integrado no coletor de admissão para refrigerar o ar aspirado;
– Bomba de óleo a cilindrada variável;
– Turbo controlado eletronicamente.
Os motores a serem produzidos em Betim ganharão ainda mais tecnologia e capacidade flex: serão capazes de queimar etanol e gasolina, separados ou misturados em qualquer proporção, além da compatibilidade de materiais de alguns componentes aos combustíveis latino-americanos, como por exemplo os injetores, válvulas e sedes de válvulas e anéis.
“Todo o trabalho de desenvolvimento desses novos materiais e componentes, bem como a capacidade de trabalhar com etanol e gasolina, já estão em andamento para que os novos propulsores cheguem ao mercado até o final de 2020, equipando modelos da FCA”, explica Aldo Marangoni, diretor de Powertrain da FCA para a América Latina.
Com a chegada dos motores GSE Turbo, a FCA passa a ter uma das maiores gamas de propulsores na América Latina. Em Betim (MG) são produzidos os motores Fire 1.0 flex e 1.4 gasolina e flex, Firefly 1.0 flex e 1.3 gasolina e flex, além danova família GSE Turbo, flex e gasolina. A planta de Campo Largo (PR) vai continuar a produzir os motores E.torQ 1.6 (gasolina, exportação) e 1.8, nas configurações gasolina e flex.
Fonte:FCA