Abraciclo teve 10 dias com ações de Segurança no Trânsito durante o Maio Amarelo
Abraciclo teve 10 dias com ações de Segurança no Trânsito durante o Maio Amarelo
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo promoveu dentro do movimento Maio Amarelo duas importantes ações em prol da segurança no trânsito. A primeira delas foi a 24ª edição do MotoCheck-Up – maior evento setorial de conscientização e orientação de motociclistas da América Latina, que ocorreu em Brasília (DF), entre 14 e 16 de maio. A outra ação envolveu blitze educativas em diversos pontos críticos da cidade de São Paulo para reciclar e ampliar o conhecimento sobre Segurança no Trânsito de motociclistas (de 22 a 24 de maio) e ciclistas (de 27 a 30 de maio).
O MotoCheck-Up reuniu em três dias de evento 1.112 motociclistas, que tiveram vistoria gratuita de 21 itens de segurança de suas motocicletas, assistiram a um vídeo-palestra de nove minutos sobre a importância da pilotagem segura para prevenir acidentes e viram demonstrações práticas de frenagem correta. Os participantes ainda receberam um vale com direito à troca gratuita e completa de óleo da motocicleta, lanches e diversos brindes.
Esta edição do evento contou com novidades, como a realização de palestras voltadas especificamente aos condutores de motocicletas premium (acima de 450 cm³) e a inspeção da emissão de gases de uma amostragem de 143 motocicletas, fabricadas entre 2001 e 2019. Com a participação de dois engenheiros e a utilização de equipamentos analisadores de gases, foram medidos os limites de emissões dos escapamentos, considerando os índices estabelecidos legalmente para a inspeção veicular. Foram examinadas motocicletas com quilometragens variando de 2.079 a 278.827 km, de acordo com os registros de seus odômetros. Os resultados dos testes mostraram que as motocicletas com quilometragens elevadas – algumas superiores a 100 mil quilômetros – tiveram resultados compatíveis aos índices regulamentados.
A 24ª edição do MotoCheck-Up contou com o apoio do Ministério da Infraestrutura, Departamento Nacional de Trânsito – Denatran, Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal – DER/DF, Departamento de Trânsito do Distrito Federal – Detran/DF, Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Distrito Federal – Sindmoto/DF e do Sindicato dos Trabalhadores Autônomos e Mototaxistas Motoboy do Distrito Federal – Sindmototaxi/DF.
Perfil Motociclista
Durante o MotoCheck-Up, a entidade realizou também uma pesquisa que revelou o perfil dos motociclistas brasilienses e o tipo de uso que fazem das suas motocicletas. Entre os participantes, 66,1% afirmaram que rodam mais de 100 quilômetros por dia e 36,7% percorrem diariamente mais de 200 quilômetros. Desse total, 52,2% trabalham como motofretistas, 14,7% atuam em áreas administrativas e 7,6% são funcionários públicos. O tempo de uso diário é de duas horas para 26% dos motociclistas entrevistados, aumenta para oito horas para 16,5% dos participantes e para 12 horas para outros 12,7%.
A maioria (84%) utiliza a motocicleta como meio de transporte para se deslocar de casa até o trabalho, enquanto 15% para o lazer e apenas 1% para ir e voltar à escola ou faculdade. Metade dos entrevistados afirmou que não costuma transportar garupa. O estudo mostrou ainda que cerca de 51% dos motociclistas pilotam há menos de 10 anos e quase 22% são experientes, com mais de 20 anos de pilotagem. Cerca de 75% são habilitados nas categorias A/B e 17,1% nas categorias A/D.
Os homens representam 97% dos motociclistas brasilienses, de acordo com o levantamento feito pela Abraciclo durante o MotoCheck-Up. A faixa etária predominante é 26 a 35 anos (38,2%), seguida bem de perto pelas pessoas com idades entre 36 e 45 anos (32,6%). Quase 51% concluíram o ensino médio e 23,6% têm o curso superior completo. Os solteiros representam 50,9% dos motociclistas; os casados, 43,2%; e os divorciados, 5,9%. Trinta por cento dos participantes não têm filhos, enquanto 26,4% possuem dois e 26,2%, um filho.
A pesquisa revelou que 52% dos participantes já sofreram acidentes. Desse total, 28,6% ficaram afastados por mais de 10 dias e 6,8% por mais de seis meses.
Os motociclistas brasilienses demonstraram que são bem conscientes sobre a importância da utilização de equipamentos de segurança: todos utilizam capacete; 56,7% usam jaqueta; 43,1% vestem luvas; 39,4% calçam botas e 4,7% se protegem com joelheiras.
As motocicletas de baixa cilindrada representaram a maioria das que passaram pelo MotoCheck-Up de Brasília: 69% eram equipadas com motores de 51 a 163 cm3. Na sequência, vieram motocicletas de 161 a 450 cm3 (17,2%), de 451 a 800 cm3 (8,6%) e acima de 800 cm3 (4,8%). A idade média varia de dois a nove anos (44,6%).
Itens Com Mais Desgaste
Na vistoria, os mecânicos apuraram que o freio dianteiro foi o item que mais apresentou necessidade de manutenção (6,8%), seguido por luz do freio (5,9%), freio traseiro (5,3%), sistema de transmissão e pneu traseiro (empatados com 4,8%), em levantamento que envolve múltiplos registros para cada motocicleta.
Nas 24 edições do MotoCheck-Up, realizadas de 2008 a 2019, foram atendidos 50.931 motociclistas pelo País afora. Além de Brasília, o evento já foi realizado nas cidades de São Paulo (SP), Santos (SP), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Manaus (AM) e Teresina (PI), entre outras.
No levantamento acumulado das 24 edições, os cinco itens que apresentaram mais desgastes foram, pela ordem: freio traseiro (28,4%), freio dianteiro (23,4%), sistema de transmissão (22,9%), luz do freio (21,9%) e amortecedor traseiro (18,2%).
Blitze Educativas
Ainda dentro das ações do Movimento Maio Amarelo, a Abraciclo realizou blitze educativas para motociclistas e ciclistas em diversos pontos críticos da capital paulista. Os pontos críticos foram definidos pela concentração da circulação de veículos de duas rodas e ocorrência de acidentes. A entidade desenvolveu as ações em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego – CET, Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e Prefeitura de São Paulo.
As blitze educativas para motociclistas ocorreram entre os dias 22 e 24 de maio, em 12 pontos como Estrada do M’Boi Mirim, Avenida dos Bandeirantes, Radial Leste (próxima à estação Belém do Metrô), entre outros locais. Nesses pontos, três promotoras estenderam uma faixa com mensagens de conscientização aos motoristas parados nos semáforos, como “Motorista, respeite o motociclista: em cima de uma moto tem um pai de família ou alguém como você” e “Motorista: fique atento aos motociclistas! Não use celular ao volante”. Nessa intervenção, foram distribuídos mais de seis mil chaveiros com mensagens de conscientização para os motociclistas.
Já as blitze para ciclistas foram realizadas de 27 a 30 de maio, em quatro pontos críticos da rede cicloviária da cidade de São Paulo, Em cada local, duas promotoras abordaram os ciclistas, durante a parada no semáforo da ciclovia, para entregar o livreto Guia do Ciclista Seguro, produzido pela Abraciclo com conteúdo desenvolvido pelo Instituto CicloBR, e um apito. No total, foram entregues dois mil exemplares do guia e 1,5 mil apitos.
Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, esse conjunto de ações da entidade no Movimento Maio Amarelo representa mais uma iniciativa visando a maior conscientização dos condutores de veículos – tanto de duas rodas como os demais – sobre a necessidade de respeito às regras e normas que levem à paz no trânsito. “É preciso haver uma harmonização entre todos os usuários das vias públicas para termos um trânsito mais eficiente e, ao mesmo tempo, seguro. Para que isso seja alcançado, todos devem se envolver em iniciativas constantes de conscientização e orientação de condutores de veículos e pedestres, pois o investimento em educação é fundamental para se modificar o comportamento da população”, diz Fermanian.
Fonte: SD & PRESS