NISSAN começa pesquisa com délula de combustível com uso de bioetanol
Nissan e Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) assinam novo acordo para seguir no desenvolvimento do uso de bioetanol para veículos movidos a Célula de Combustível
A Nissan dá mais um passo em seu pioneirismo na indústria automobilística mundial nos estudos para o desenvolvimento de um veículo movido a Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC) que gera energia elétrica a partir da utilização do bioetanol. A montadora japonesa firmou um novo acordo com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) visando a pesquisa do uso do bioetanol para modelos movidos a Célula de Combustível.
A nova parceria, que dá seguimento ao primeiro acordo assinado em novembro de 2019, foi oficializada em cerimônia virtual pelo presidente da Nissan Mercosul e diretor geral da Nissan do Brasil, Airton Cousseau, e pelo superintendente do IPEN, Wilson Calvo.
O objetivo do trabalho em conjunto é avaliar e viabilizar diferentes componentes e torná-los adequados para uso em possíveis projetos em escala comercial. Um dos desafios, por exemplo, é estudar a possibilidade de integrar o reformador – uma peça importante do sistema – à própria célula de combustível. Além disso, outros estudos buscam soluções para a redução do tamanho do sistema. Essa parceria da Nissan com o IPEN está inserida no conceito da Nissan Intelligent Mobility, visão da marca para transformar a maneira como os carros são conduzidos, impulsionados e integrados na sociedade.
“Seguimos avançando com as pesquisas e esse novo acordo representa um novo passo do projeto global de Célula de Combustível de Óxido Sólido da Nissan, que também é muito interessante para o Brasil, por se encaixar perfeitamente na nossa matriz energética. Pelo conhecimento técnico das instituições brasileiras, como o IPEN, as parcerias locais são fundamentais para contribuir com a iniciativa global da marca”, afirma Airton Cousseau, presidente da Nissan Mercosul e diretor geral da Nissan do Brasil.
As pesquisas e os desenvolvimentos do IPEN/CNEN na área de novas energias renováveis, lideradas pelo Centro de Células a Combustível e Hidrogênio, estão em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e com as Ações Mundiais para a redução das emissões de CO2, provenientes da queima de combustíveis fósseis.
“Esse Acordo de Inovação firmado com a Nissan é mais uma demonstração da nossa excelência e do nosso compromisso institucional em prol da sociedade, promovendo a transformação do conhecimento científico em produtos e serviços de valor agregado ao mercado. O IPEN/CNEN tem a inovação em sua visão. Além disso, abriga a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo (USP/IPEN-CIETEC) que conta, atualmente, com 93 startups, consolidando um ecossistema de inovação e empreendedorismo”, afirma Wilson Calvo.
A Nissan é a primeira empresa a desenvolver e já testar protótipos que são abastecidos com bioetanol para gerar energia elétrica para carregar uma Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC). A utilização deste tipo de sistema combinado com a alta eficiência dos motores elétricos e o sistema de bateria garantem ao Nissan SOFC uma autonomia superior a 600 km com somente 30 litros de etanol. Por contar com uma ampla rede de abastecimento de bioetanol – e ser um dos principais produtores do mundo –, o Brasil tem sido peça-chave para o desenvolvimento e estudos de viabilidade do projeto.
O primeiro período de testes com o protótipo real do sistema foi realizado no Brasil entre 2016 e 2017. Dois veículos e-NV200 equipados com o sistema SOFC foram testados pela equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da Nissan do Brasil e demonstraram que a tecnologia se adapta perfeitamente ao uso cotidiano e ao combustível brasileiro, ainda mais pelo fato de o país ter infraestrutura já existente para abastecimento com etanol em todo o seu território. Atualmente, os testes seguem em evolução conduzidos pela área de Pesquisa e Desenvolvimento da Nissan no Japão com constante colaboração da equipe brasileira e dos parceiros locais, como o IPEN/CNEN.
“É um prazer interagir com o time de pesquisa da Nissan e poder colaborar com um desenvolvimento global da marca. Eletrificar o etanol, um combustível renovável e estratégico para o país, tem um enorme potencial no contexto das novas energias sustentáveis. A Nissan tem a visão de que investir globalmente em pesquisa é um caminho para superar os desafios existentes para conquistar novas tecnologias. Ver os desenvolvimentos do IPEN participando desse processo é muito gratificante”, afirma Fabio Coral Fonseca, pesquisador do IPEN/CNEN.
A tecnologia de Célula de Combustível de Óxido Sólido da Nissan conta com sistema gerador de potência que se utiliza da reação química do íon oxigênio com diversos combustíveis, incluindo o etanol e o gás natural, que são transformados em hidrogênio na célula, para gerar eletricidade.
O sistema é limpo, altamente eficiente e funciona 100% com etanol ou água misturada ao etanol. Suas emissões são tão limpas quanto a atmosfera, se inserindo como parte do ciclo natural do carbono e sendo absorvido durante a plantação da cana-de-açúcar. Além disso, o veículo movido a Célula de Combustível oferece a forte aceleração e a condução silenciosa de um veículo elétrico, juntamente com baixos custos de manutenção.
O projeto global de Célula de Combustível de Óxido Sólido da Nissan faz parte do compromisso contínuo da marca para o desenvolvimento de veículos com emissões zero e novas tecnologias automotivas, incluindo sistemas de condução autônoma e conectividade.
Atualmente, a Nissan já tem o carro com emissão zero ícone mundial entre os modelos elétricos, o Nissan LEAF, que já superou a marca de mais de 500 mil unidades comercializadas globalmente. O Nissan LEAF é vendido no Brasil desde julho de 2019 e é um dos veículos 100% elétrico com a maior frota circulante no mercado nacional.
Fonte: NISSAN do Brasil